terça-feira, 19 de maio de 2009

EXISTE O PLANO B

O PT e alguns partidos da base aliada não querem sequer conversar sobre alternativas à candidatura da ministra Dilma Rousseff.

Como não há candidato natural no PT, tanto que o nome de Dilma foi imposto pelo presidente Lula ao partido, petistas não aceitam conversar por temor de que outros sócios da aliança governista se sintam tentados a apresentar outros nomes.

Mas existe, sim, um Plano B: a proposta de um terceiro mandato para Lula está pronta para começar a tramitar na Câmara.

E desta vez não virá pelas mãos do deputado petista Devanir Ribeiro (SP), amigão do presidente Lula. Quem já colheu as 171 assinaturas necessárias para apresentar a proposta de emenda constitucional que viabiliza o terceiro mandato foi o deputado peemedebista Jackson Barreto (SE), ex-prefeito de Aracaju.

Além de permitir a reeleição por dois períodos imediatamente subseqüentes – e não apenas um, como é hoje –, a PEC submete sua promulgação a um referendo popular, a ser realizado no segundo domingo de setembro de 2009.

Sim, porque a lei eleitoral determina que qualquer mudança referente às eleições seja realizada até um ano antes. Portanto 30 de setembro de 2009 é a data limite para a entrada em vigor de uma eventual emenda constitucional permitindo o terceiro mandato.

De Lula e de todos os governadores, diga-se de passagem.

A duração do mandato presidencial é, não custa lembrar, produto de consenso. Cada país regula o assunto conforme lhe pareça mais conveniente. Há mandatos de quatro, de cinco e até de sete anos. Com reeleição ilimitada, com reeleição limitada e mesmo sem reeleição.

Tudo é questão de acordo entre as forças políticas. Para isso, existe a Constituição.

No Brasil, desde o início da República já tivemos mandatos de quatro, cinco e seis anos. Sem reeleição. Agora temos um mandato de quatro anos com direito a uma reeleição.

Para mudar, basta acordo político e alteração na Constituição. Não é cláusula pétrea, não se está usurpando nenhum poder constituinte original.

A emenda constitucional deve cumprir todo o rito: discussão e votação em dois turnos em cada uma das casas do Congresso e aprovação por quórum mínimo de três quintos (308 deputados e 49 senadores).

Depois de aprovada, nada impede que se convoque um referendo para saber se o eleitorado concorda com a alteração. Perfeitamente legal, legítimo e constitucional.

(Foi o que fizeram os franceses em 2000: encurtaram o mandato do presidente da República em dois anos, de sete para cinco anos, e depois perguntaram se o eleitorado concordava. Concordou. Aliás, desde 1958 a reeleição na França é ilimitada. Quantas vezes o eleitorado aguentar.)

Alguém poderia argumentar que as regras estariam sendo mudadas no meio do jogo, com o nítido objetivo de beneficiar o presidente Lula.

Mas o precedente foi aberto lá atrás. Quando se votou a emenda da reeleição em 1997, os tucanos deveriam aceitar que ela passasse a valer apenas para o sucessor de Fernando Henrique.

Entretanto, como a reeleição foi aprovada explicitamente para permitir a reeleição de Fernando Henrique, nem tucanos nem democratas poderão se queixar se a PEC do deputado Jackson Barreto for aprovada e, com isso, viabilizar um terceiro mandato para o presidente Lula.

Um dia da caça, outro do caçador.

Finalmente, aí vão alguns números para reflexão.

Pesquisa realizada entre 12 e 14 de maio pela consultoria Arko Advice ouviu 167 deputados: 124 da base aliada (sendo 29 do PT e 29 do PMDB, entre outros) e 43 da oposição.

Os resultados obtidos foram os seguintes: 79,03% contrários ao terceiro mandato, 19,76% a favor e 1,19% de abstenções.

Por região, assim se distribuiu a oposição dos deputados consultados a um terceiro mandato: Sul: 90%; Sudeste: 82,75%; Centro-Oeste: 73,33%; Nordeste; 65,95% , e Norte: 87,50%.

Dos 29 peemedebistas ouvidos, 70,37% manifestaram-se contra o terceiro mandato; 29,62% são a favor.

Dos 29 petistas consultados, 58,62% disseram que são contra, enquanto apenas 41,37% se manifestaram a favor.

Lucia Hipolyto

quarta-feira, 13 de maio de 2009

ORIGEM DO ROSÁRIO

Não há uma data precisa sobre a origem do Rosário. Em linhas gerais, remonta já os primeiros séculos da Igreja primitiva e foi tomando forma nos mosteiros católicos até o século 10, quando inciou expansão mais acentuada. O Rosário de 150 ave-marias, teria originado-se a partir de relatos populares de um monge que costumava rezá-lo desta forma e, o nome "terço" popularizou-se por representar, como o nome diz, a terça parte do total das 150 ave-marias, ou propriamente do Rosário. Vale lembrar que, a segunda parte da Ave-Maria ("Santa Maria, Mãe de Deus"), foi introduzida na oração por ocasião da vitória sobre a heresia nestoriana, deflagrada no ano de 429. O bispo Nestório, Patriarca de Constantinopla, afirmava ser Maria mãe de Jesus e não Mãe de Deus. O episódio tomou feições tão sérias que culminou no Concílio de Éfeso convocado pelo Papa Celestino I. Sob a presidência de São Cirilo (Patricarca de Alexandria), a heresia foi condenada e Nestório, recusando a aceitar a decisão do conselho, acabou sendo excomungado.

Conta-se que no dia de encerramento do Concílio, onde os Padres Conciliares exaltaram as virtudes e as prerrogativas especiais da VIRGEM MARIA, o Santo Padre Celestino ajoelhou-se diante da assembléia e saudou Nossa Senhora, dizendo: "SANTA MARIA, MÃE DE DEUS, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém." Na continuidade dos anos, esta saudação foi unida àquela que o Arcanjo Gabriel fez a Maria, conforme o Evangelho de Jesus segundo São Lucas 1,26-38 "Ave cheia de graça, o Senhor está contigo!" e também, a outra saudação que Isabel fez a Maria, para auxiliá-la durante os últimos três meses de sua gravidez: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre." (Lucas1, 42) Estas três saudações deram origem a AVE MARIA.

A difusão e posterior expansão do Rosário a Igreja atribui à São Domingos de Gusmão (século XII), conhecido como o "Apóstolo do Rosário", cuja devoção propagou aos católicos como arma contra o pecado e contra a heresia albigense , que assolava Toulose (França).

O terço que consiste em 50 ave-marias intercaladas por 10 padre-nossos se mantém desde o pontificado do Papa Pio V (1566-1572), que deu a forma definitiva ao terço que conhecemos hoje (O Papa era religioso da Ordem de São Domingos). Quanto às meditações, ressaltamos, porém, que até o ano de 2002, cada Rosário, que era composto de três terços (150 ave-marias) passou a ser composto de quatro terços (portanto, 200 ave-marias no total). Foi quando o Papa João Paulo II inseriu aos mistérios existentes ( gozosos, dolorosos e gloriosos), os mistérios "luminosos" que retratam a vida pública de Jesus.

O Papa João Paulo II, devototíssimo de Nossa Senhora e talvez um dos maiores Papas marianos da história, inaugurou uma nova era de devoção a Maria, dando especial atenção à forma física e contemplativa do Rosário ao inserir a meditação desta importante fase da vida de Jesus, ou seja, a contemplação dos mistérios luminosos.

A devoção ao Santo Rosário sempre foi renovada e enaltecida Romanos Pontífices, como vemos na vida dos Papas e na história da Igreja. Grande tesouro de fé, em síntese, guarda assim as meditações dos mistérios:

1 - GOZOSOS - Anunciação do Anjo à Nossa Senhora até Jesus, entre os doutores da lei
2 - LUMINOSOS - Batismo de Jesus no Jordão até a Instituição da Eucaristia
3 - DOLOROSOS - Agonia de Jesus no Horto até a sua crucificação e Morte
4 - GLORIOSOS - Ressurreição de Jesus até a Coroação de Nossa Senhora como Rainha dos Céus e da Terra.


segunda-feira, 11 de maio de 2009

PRESENTES QUE NÃO CUSTAM DINHEIRO, MAS CUSTA O NOSSO AMOR

Domingo foi o dia das mães! O dia em que o comércio se farta, terceira melhor data do ano para os comerciantes! De toda forma o dia é importante para fugirmos da rotina e relembrarmos a importãncia da mãe em nossas vidas. Esperamos que alguns dos presente abaixo tenham sido dados para as nossas mães.

O PRESENTE DO ESCUTAR
Mas você realmente deve escutar.
Nada de interromper, nada de sonhar acordado, nada de planejar sua resposta.
Apenas escute com interesse, afeto e atenção!

O PRESENTE DO AFETO
Seja generoso com abraços e beijos, tapinhas nas costas e aperto de mãos na hora certa.
Deixe estas pequenas atitudes demonstrarem o amor que você tem por sua mãe.

O PRESENTE DA RISADA
Recorte desenhos. Compartilhe artigos e histórias engraçadas.
Seu presente vai dizer "eu adoro rir com você
."

O PRESENTE DE UM BILHETE
Pode ser um simples "Obrigado pela ajuda" ou um soneto inteiro.
Um bilhete, mesmo pequeno, manuscrito, pode ser lembrado por toda a vida, e pode até mudar uma vida. Diga do seu amor, GRATIDÃO por algo específico que ela fez ou simplesmente por ter-lhe dado a vida.

O PRESENTE DE UM ELOGIO
Um simples e sincero, "Você fica muito bem de vermelho", "Você fez um excelente trabalho" ou "A comida estava maravilhosa" pode tornar o dia de alguém melhor.
Imagine o impacto de ouvir isto do próprio filho ou filha!

O PRESENTE DE UM FAVOR
Todo dia, saia da rotina e faça alguma coisa gentil.
Telefone para perguntar como vai, passe por lá para deixar um pão quentinho ou cortar a grama.
Ajude-a a entender aquela carta ou conserte aquela torneira que pinga sem parar.

O PRESENTE DA SOLIDÃO
Há momentos quando não queremos nada além de ficarmos sozinhos.
Seja sensível a esses momentos e dê o presente da solidão respeitando a sua MÃE

O PRESENTE DA DISPOSIÇÃO ALEGRE
O caminho mais fácil para nos sentirmos bem é dizer uma palavra gentil a alguém, especialmente à nossa mãe! De fato, não é tão difícil assim dizer, "Olá" ou "Muito Obrigado."

O PRESENTE DA FÉ RENOVA
Ore a Deus pela sua mãe e faça isto na presença dela também. Reparta com ela um trecho da Bíblia que traga uma mensagem de confiança e paz ao coração. (Salmo 23; Romanos 8:31-39; Salmo 121) Filhos são bênçãos de Deus com todo o potencial necessário para abençoar os seus pais.

sábado, 9 de maio de 2009

Mãe: palavra do afeto

No dia das mães não fala a inteligência analítica mas a inteligência emocional. Logico, o comércio explora esse dia, mas o significado da figura da mãe é tão poderoso que não se deixa nunca desvirtuar totalmente. É excusado sublinhar a importância da mãe na orientação futura da vida de uma criança. Baste-nos referir as constribuições inestimáveis de Jean Piaget com sua psicologia e pedagogia evolutiva e principalmente as de Donald Winnicot com sua pediatria combinada com psicanálise infantil. Eles nos detalharam os complexos percursos da psiqué infantil nesses momentos iniciais e seminais da vida.

Hoje não cabe esse tipo de reflexão por mais importante que seja. Tem seu lugar o afeto cujas raizes se encontram há mais de duzentos milhões de anos, quando surigiram no processo da evolução os mamíferos dos quais nós descendemos. Com eles nos veio o afeto e o cuidado, guardados como informações até os dias atuais pelo cérebro límbico. Entreguemo-nos brevemente à terna força do afeto.

Há muitos textos conhecidos que exaltam a figura da mãe como o belíssimo do bispo chileno Ramon Jara. Mas há um outro de grande beleza e verdade que nos vem da Africa, de uma nobre abissínia, recolhido como prefácio ao livro Introdução à essência da mitologia (1941), escrito por dois grandes mestres na área, Charles Kerény e Karl Gustav Jung. Assim fala uma mulher em nome de todas as mães.

"Como pode saber um homem o que é uma mulher? A vida da mulher é inteiremante diferente daquela dos homens. Deus a fez assim. O homem fica o mesmo, do tempo de sua circuncisão até o seu declínio. Ele é o mesmo antes e depois de ter encontrado, pela primeira vez, uma mulher. O dia, porém, em que a mulher conheceu seu primeiro amor, sua vida se divide em duas partes. Neste dia ela se torna outra. Antes do primeiro amor, o homem é igual ao que era antes. A mulher, a partir do dia de seu primeiro amor, é outra. E assim permanecerá a vida toda. O homem passa uma noite com uma mulher e depois vai embora. Sua vida e seu corpo são sempre os mesmos. A mulher, porém, concebe. Como mãe, ela é diferente da mulher que não é mãe. Pois, ela carrega em seu corpo, por nove meses, as consequências de uma noite. Algo cresce em sua vida e de sua vida jamais desaparecerá. Pois ela é mãe. E permanecerá mãe, mesmo quando a criança ou todas as crianças tivessem que morrer. Pois ela carregou a criança em seu coração. Mesmo depois que ela nasceu, continua a carregá-la em seu coração. E de seu coração não sairá jamais. Mesmo que a criança tenha morrido".

"Tudo isso o homem não conhece. Ele não sabe nada disso. Ele não conhece a diferença entre o "antes do amor" e o "depois do amor", entre antes da maternidade e depois da maternidade. Ele não pode conhecer. Só uma mulher pode saber e falar sobre isso. É por isso que nós mães nunca nos deixamos persuadir por nossos maridos. A mulher pode somente uma coisa. Ela pode cuidar dela mesma. Ela pode se conservar decentemente. Ela deve ser o que a sua natureza é. Ela deve ser sempre menina e mãe. Antes de cada amor é menina. Depois de cada amor é mãe. Nissso poderás saber se ela é uma boa mulher ou não".

Essas reflexões são dedicadas às mães vivas ou falecidas como minha mãe Regina. Hoje as lembramos com afeto. Elas estão em nossos corações. E de lá jamais sairão.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

INGÊNUOS E DESINFORMADOS

Muitos de nós, milhões de nós são ingênuos e desinformados com relação a sociedade em que vivemos. Milhões de pessoas ouviram falar mas, não têm a menor noção da extensão do problema da droga nem na sua cidade e nem no seu país.Milhões nunca visitaram uma periferia, milhões não conseguem imaginar o que é atravessar o mês com um salário mínimo.

Muitos conseguem; milhões estão conseguindo. Outra vez, falando em milhões, há um numero inimaginável de brasileiros que não tem noção do grau de violência que se apossou da sua cidade, seja nos prédios mais sofisticados, seja nos ambientes de periferia. Somos um país violento. Talvez para cada mil pessoas boas tenhamos uma violenta e marginal. Mas já é demais.

Há, porém, um poder de organização da marginalidade que prejudica profundamente o país. Para fazer um muro, às vezes levam-se dois a três meses, mas alguém pode pichá-lo em dois minutos. É sempre mais fácil desorganizar, demolir, detonar ou pichar do que construir. Basta um cidadão violento para explodir um prédio que trezentos construíram. Essa é infelizmente a força tremenda do mal. Há cidadãos que não têm a menor noção do grau de sofrimento a que expõem os outros.

Milhões de brasileiros, para não falar do mundo com seus bilhões de sofredores, não têm liberdade para decidir contra a violência. Estão encurralados. Isso não vai mudar tão cedo. Mas mudará quando de fato nos preocupamos em lutar para que todos tenham o mínimo necessário para uma vida digna e humana.

Enquanto não tivermos noção do sofrimento da maioria da população do planeta e da maioria do nosso país, não podemos dizer que sabemos o que é viver.

Pe. Zezinho

sábado, 2 de maio de 2009

ENTRE O SOM E O DOM

O dom das línguas, praticado e vivido em muitas Igrejas de hoje e até pela televisão é um dos mais controvertidos temas das Igrejas cristãs. Não é novidade. No início do cristianismo veio forte e precisou ser regulamentado, mas, como em tudo, a regulamentação foi obedecida por alguns e desobedecida por outros. Montano e dezenas de outros pregadores teimaram em continuar orando do seu jeito. Outros aceitaram ouvir a Igreja. Hoje, Igrejas que o praticavam na televisão estão deixando de fazê-lo e circunscrevendo-o às suas comunidades e assembléias, onde há intérpretes e onde ele não é induzido. As autoridades intervieram. Noutras, apesar dos documentos falarem com clareza, a prática corre solta. O apóstolo Paulo é freqüentemente desobedecido. Tem sido uma fonte de conflito, críticas, mágoas e desobediência frontal.

Há o dom das línguas que não pode ser negado. Ele existe e cumpre uma finalidade. Há o som de língua estranha que, em muitos casos não é nem nunca foi um dom de Deus. É apenas som e marketing de quem descobriu que isto impressiona e ajuda algum projeto. Ora, se existe o dom das línguas também há o de interpretação. Mas muitos que dizem ter o dom das línguas se rebelam contra a palavra do intérprete. Firam ter um dom e negam o do outro. O conflito começa por aí. Quando a palavra da autoridade ou do interprete teólogo só vale se aprovar aquele som como dom, alguma coisa está errada com aquele som. JustificarO dom pode produzir um som, mas nem todo o som é fruto do dom. Há dons que não geram nenhum som estranho. O Espírito Santo pode levar alguém a cantar, com clareza, com harmonia e num ritmo que leva á prece. Na maioria das vezes, este dom não vem em língua estranha. Nem por isso deixa de ser um dom. Por isso, nem os que falam em línguas têm o direito de negar que as outras linguagens são dadas por Deus, nem os que não as falam têm o direito de negar que alguém está realmente sendo movido por Deus ao falar daquele jeito. Mas todos temos o direito de questionar, fazer perguntas e mostrar estranheza, quando a prática vai contra o que disse Paulo e contra o que diz a Igreja.

Um músico não pode descartar a crítica de um cantor ou de um ouvinte, sob o argumento de que ele não sabe do que está falando, nem tem o direito de falar, porque não entende de música. Não estudou, mas sabe quando é musica que toca ou que não toca a pessoa. Não adianta chamá-lo de ignorante ou de sujeito que resiste á cultura. O fato é que a tal musica não disse a que veio e serve apenas a um grupinho fechado.
Pela mesma razão, quem ora ou canta em línguas não pode usar o argumento de que o critico é ignorante, não experimentou ou resiste ao Espírito Santo. Já lhe ocorreu que este dom tem quer vir revestido de humildade? Se alguém está resistindo, deve ser porque o que Paulo e as autoridades pediram não está sendo levado a sério. Talvez esteja havendo mais som estranho do que língua ou dom!

Se, toda a vez que abre a boca para orar em línguas, aquela pregadora, diz sempre as mesmas sílabas e faz mesmíssimo som, um cristão tem o direito de perguntar se aquilo é som ensaiado, decorado, artificial para efeito e marketing ou se é mesmo um dom. Quem acha que tem o dom, deveria rever se o som que emite é apenas som igual ao de sempre, ou se é dom. No dom das línguas faz sentido crer. No mesmo som repetido o tempo todo, fica difícil crer. A Bíblia nos ensina que Deus é criador e criativo. Alguns irmãos não passam essa idéia, quando oram em línguas. É sempre o mesmo som feito daquelas 12 ou 14 sílabas. Se querem ser respeitados, respeitem! Não joguem qualquer som na televisão ou no rádio sem nenhuma orientação prévia ou posterior, exigindo que todo mundo engula aquilo como dom. Cabe a eles mostrar que não é apenas um som. Que leiam Paulo, os documentos de Roma, da CNBB e que decidam se é justo espalhar aquele som por todo um país, quando sabemos que nem todo mundo está preparado para ouvi-lo. Que se saiba a diferença!

Pe. Zezinho, scj